E
se o Homem descobrisse o "elixir da eterna juventude" e deixasse de ser
um "ser para a morte", a vida deixaria de ser absurda? Afinal, não é a
presença da morte que conduz a reflexão filosófica à questão do sentido
da vida?
A imortalidade
seria como um "Domingo infinito", um "perpétuo hoje", um "presente que
permanece presente" uma "estrada sem fim". A imortalidade anularia,
assim, a natureza temporal do Homem. Dado que a Existência Humana é
sempre uma projeção de nós mesmos no futuro: é a cada momento estar
essencialmente "a caminho" do que fomos e tentamos ser, para o que
seremos, o futuro toma precedência sobre o passado e o presente. Deste
modo, a existência humana e o seu sentido pressupõem a morte como
"balizadora" do que seremos e do que poderíamos ter sido.
O Homem Imortal estaria condenado ao tédio, ao inferno e à permanente indefinição.
Que outra coisa poderíamos imaginar como mais absurda e sem sentido do que isto?
Autor: Alex Cunha Paiva
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