Filosofia Circular

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Vida sem ser absurda


 
E se o Homem descobrisse o "elixir da eterna juventude" e deixasse de ser um "ser para a morte", a vida deixaria de ser absurda? Afinal, não é a presença da morte que conduz a reflexão filosófica à questão do sentido da vida?
A imortalidade seria como um "Domingo infinito", um "perpétuo hoje", um "presente que permanece presente" uma "estrada sem fim". A imortalidade anularia, assim, a natureza temporal do Homem. Dado que a Existência Humana é sempre uma projeção de nós mesmos no futuro: é a cada momento estar essencialmente "a caminho" do que fomos e tentamos ser, para o que seremos, o futuro toma precedência sobre o passado e o presente. Deste modo, a existência humana e o seu sentido pressupõem a morte como "balizadora" do que seremos e do que poderíamos ter sido.
O Homem Imortal estaria condenado ao tédio, ao inferno e à permanente indefinição.
Que outra coisa poderíamos imaginar como mais absurda e sem sentido do que isto?
Autor: Alex Cunha Paiva

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