A atitude natural (que engloba tanto a atitude científica como a de
senso comum) considera as coisas como existentes em si mesmas,
independente de suas relações com a consciência. Todo objeto, no entanto, será sempre um objeto para uma consciência e nunca um objeto em si, pois só saberemos da existência dele a partir do momento que ele aparece para uma consciência, seja ela nossa ou não.
A consciência é desse modo não uma interioridade psíquica, mas sempre se remete ao mundo que faz referência. O interesse não é o mundo que existe, mas o modo que o mundo se dá e se realiza para cada pessoa.
Na ciência moderna o conhecimento avança pela especialização, tornando-se mais rigoroso quanto mais restrito e objetivo for. Um conhecimento objetivo e rigoroso que não tolera a interferência dos valores humanos. Entretanto, o homem, por mais neutro que procure ser, estará sempre fazendo um juízo de valor.
A explicação científica dos fenômenos é a autojustificação da ciência como paradigma central em nossa sociedade. Nesse sentido, todo conhecimento é um autoconhecimento.
A consciência é desse modo não uma interioridade psíquica, mas sempre se remete ao mundo que faz referência. O interesse não é o mundo que existe, mas o modo que o mundo se dá e se realiza para cada pessoa.
Na ciência moderna o conhecimento avança pela especialização, tornando-se mais rigoroso quanto mais restrito e objetivo for. Um conhecimento objetivo e rigoroso que não tolera a interferência dos valores humanos. Entretanto, o homem, por mais neutro que procure ser, estará sempre fazendo um juízo de valor.
A explicação científica dos fenômenos é a autojustificação da ciência como paradigma central em nossa sociedade. Nesse sentido, todo conhecimento é um autoconhecimento.
Boaventura de Sousa Santos, um dos mais importantes sociólogos contemporâneos, alerta que:
“Cada método é uma linguagem e a realidade responde na língua em que é perguntada. Só uma constelação de métodos pode captar o silencia que persiste entre cada língua que pergunta”.¹
A consciência é intencional, pois sempre será a consciência de alguma
coisa, representada pelo significado que se dá a cada objeto. Não
podemos nos livrar da subjetividade e ver as coisas como realmente são,
de forma neutra, como não podemos acreditar cegamente no que o mundo
oferece. O mundo é a estrutura de sentido, contexto de significação e
sempre historicamente em movimento.
Taxonomias são restrições das possibilidades de relação do homem. O
que diferencia um neurótico de um homem “normal” é que o neurótico está
restrito ao que o caracteriza como tal, fechado a possibilidade do
existir “normal”. Classificações não podem ser tomadas como entidades em
si mesmas, como abstrações científicas, mas devem ser vistas dentro da
situação relacional específica.
Características pessoais são expressões parciais da forma que o indivíduo constrói o seu mundo
Características pessoais são expressões parciais da forma que o indivíduo constrói o seu mundo
O ser humano não é apenas uma máquina auto-reguladora, armazenadora
de dados em busca de sobrevivência. Tampouco é um animal hedonista em
busca de simples satisfação pessoal. O indivíduo é um ser consciente,
capaz de fazer escolhas das quais resulta o sentido de sua existência.
Abandonando a objetificação do ser humano, pode o homem refletir sobre si mesmo, desafiando e superando seus conflitos internos, construindo o seu próprio bem-estar.
Abandonando a objetificação do ser humano, pode o homem refletir sobre si mesmo, desafiando e superando seus conflitos internos, construindo o seu próprio bem-estar.
O título deste texto é intencionalmente incorreto. Não há natureza
humana, pois toda natureza é humana. Quando Pedro fala de João, a gente
descobre mais sobre Pedro do que sobre João. Quando um homem conta sua
visão de mundo, conta sua visão de si mesmo.
Fonte: www.deldebbio.com.br
Referência
¹ Um Discurso sobre as Ciências. Boaventura de Sousa Santos
¹ Um Discurso sobre as Ciências. Boaventura de Sousa Santos
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