Avançamos para um futuro extremamente nebuloso. Claro que o futuro é o lugar do desconhecido, do inesperado e traz naturalmente inseguranças e até um pouco de apreensão. Natural que seja assim. Mas o que estamos vislumbrando hoje é uma quase total (para não ser pessimista, sempre há possibilidade de mudanças) ausência de perspectivas para as juventudes mais vulnerabilizadas. As propostas para a educação pública preocupam. Não podemos nos dar o luxo de prescindir elementos na educação, ou melhor, nós não deveríamos de maneira nenhuma, fazer nada que não fosse fazê-la melhorar cada vez mais. Se não tivermos políticas públicas que deem conta de dar condições aos jovens de acessar o mercado de trabalho e garantir uma educação que auxilie neste processo, é certo que estaremos muito próximos de uma grande ameaça ao futuro. Como tenho escrito aqui inúmeras vezes, para as juventudes vulnerabilizadas, educação e trabalho, mais do que garantir mobilidade social e acesso à mais consumo, é uma questão de sobrevivência, de ter a possibilidade de manterem-se vivas.
* Colunista, Consultora na ONG Asplande e Membro da Rede de Instituições do Borel
Fonte:http://www.jb.com.br/comunidade-em-pauta/noticias/2016/10/16/um-futuro-nebuloso-para-a-juventude-se-anuncia/
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